Carta aos velhos
Vens de longe no caminho,
exausto de combater.
Sim, meu irmão, avelhice
É a hora do entardecer.
Por vezes, é uma hora triste
De amargurosas lembranças
Do barco em que viajavas,
Entre sonhos e esperanças.
Da culminância do monte
Examinas a paisagem,
E deploras os devios
De quem começa a viagem.
Ás vezes te calas, triste.
Ninguem te quer atender,
E choras porque conheces
Os tóxicos do prazer.
Mas nunca te desanimes,
Prossegue em tua missão,
Continua esclarecendo
O mundo de provação.
Não desesperes, portanto,
Antigamente também
Eras chamado à verdade
E não ouviste ninguem.
Quebrastes serros e atalhos,
Sem olhar a consequencia.
Sofreste muito e ganhaste
O ouro da experiencia.
Perdoa.Quem viveu muito
Tem muita compreensão.
Compreensão é bondade
Que esclarece com perdão.
Meninos, moços e velhos,
Nas lutas da humnidade,
São tres expressoes ligeiras
De um dia da eternidade...
(Psicografada por Chico Xavier)